Algum dador…
Vasco Carvalho
Cá estou eu na minha normalidade,
Sozinho com esta diária conformidade
De que me sinto anormal
Ainda que muito normal seja.
O meu corpo anseia e deseja
Por outro corpo.
Mas não é um corpo qualquer:
Apenas o corpo que eu quiser.
E há algo em mim que,
Querendo ficar acompanhado
Fica ainda mais sozinho
Do que aquilo que tinha esperado.
E sonhado…
Sou um pequeno monstro
Dentro da minha maravilhosa pessoa.
Um monstro zangado e com fome,
Que afugenta até aquilo que come,
Ou deseja comer,
E deixa fugir o seu alimento que o faz fluir
Na vida e no amor.
Sou um horror solitário,
Um negro no solário,
Uma borbulha de acne vislumbrante
Numa cara linda, bonita, dislumbrante.
Sentindo-me sozinho
Preciso de alguém que me dê um bocadinho
De si para mim
Para eu ser diferente.
Vasco Carvalho
Cá estou eu na minha normalidade,
Sozinho com esta diária conformidade
De que me sinto anormal
Ainda que muito normal seja.
O meu corpo anseia e deseja
Por outro corpo.
Mas não é um corpo qualquer:
Apenas o corpo que eu quiser.
E há algo em mim que,
Querendo ficar acompanhado
Fica ainda mais sozinho
Do que aquilo que tinha esperado.
E sonhado…
Sou um pequeno monstro
Dentro da minha maravilhosa pessoa.
Um monstro zangado e com fome,
Que afugenta até aquilo que come,
Ou deseja comer,
E deixa fugir o seu alimento que o faz fluir
Na vida e no amor.
Sou um horror solitário,
Um negro no solário,
Uma borbulha de acne vislumbrante
Numa cara linda, bonita, dislumbrante.
Sentindo-me sozinho
Preciso de alguém que me dê um bocadinho
De si para mim
Para eu ser diferente.
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