Vertigem Horizontal
Vasco Carvalho
O tempo é curto
Quando à que passar obstáculos
E, por vezes, queremos ser surtos
Porque olhamos para trás
E vemos os espectáculos
E memoráveis minutos
Que gastámos a divertir
E que nos tornam grandiosamente minúsculos,
E isso já não dá vontade de rir.
Agora estamos sérios
Porque nos divertimos
Quando não devíamos.
Fomos muito aéreos.
(E nem assas teríamos
Se não fosse Deus).
Primeiro há que olhar para a frente do tempo
Fazer sacrifícios e ver passar minutos seus,
Mesmo que aí o tempo seja lento.
Mas é tarde de mais
E uma vertigem Horizontal
Leva-nos a tonturas tais,
Rodopios daquele memorial,
E nos faz agarrar no nosso ultimo apoio:
A nossa cabeça,
Que bate de seguida num chão saloio,
Chão de esperança.
Vasco Carvalho
O tempo é curto
Quando à que passar obstáculos
E, por vezes, queremos ser surtos
Porque olhamos para trás
E vemos os espectáculos
E memoráveis minutos
Que gastámos a divertir
E que nos tornam grandiosamente minúsculos,
E isso já não dá vontade de rir.
Agora estamos sérios
Porque nos divertimos
Quando não devíamos.
Fomos muito aéreos.
(E nem assas teríamos
Se não fosse Deus).
Primeiro há que olhar para a frente do tempo
Fazer sacrifícios e ver passar minutos seus,
Mesmo que aí o tempo seja lento.
Mas é tarde de mais
E uma vertigem Horizontal
Leva-nos a tonturas tais,
Rodopios daquele memorial,
E nos faz agarrar no nosso ultimo apoio:
A nossa cabeça,
Que bate de seguida num chão saloio,
Chão de esperança.
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