terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Poluição / Poluído



Poluído
Vasco Carvalho

Merda para isto tudo que não é nada!
Se fosse alguma coisa…
Que o é mas não é nada de jeito,
Nem sei o que é.
Só sei que é poluição e mais nada.

E como limpar coisa alguma
Que não sei o que é?
Não sei, e continuo assim:
Desolado, sozinho, coisa nenhuma.

Que tristeza!
Que desgraça!
Mas porque raio é que estou aqui
E assim e vazio como uma praça
Às tantas da manhã?
Mas que manha!

Que se lixe o buraco do ozono!
O meu buraco é bem mais grave!
Um buraco no vazio
Que nem sei se tem solução.
Pior que o vento de Outono,
Só me causa entraves
No que tenho de fazer!
Tira-me o desejo e faz-me perder!

Eu só queria perceber!
Como…
O quê…
Quem…
Onde está…
Quem me dará…
Quem me dera…

Qual “Fogo que arde sem se ver”?
Este vejo eu bem, não com os olhos
Mas com as mãos, e continuo sem perceber.

Até me faz virar contra quem gosto!

E o barulho…
Mesmo o silêncio é insuportável!
Quem me dera sair deste entulho
De porcaria insustentável.

Maravilha o que eu tenho…
Não me faz sentir bem…
Sem…
Cem ou mil ou infinito!
Mas de quê?
@@@

2 comentários:

Carolina disse...

o barulho insustentavel do silencio aumenta o buraco negro do vazio que ha' em mim ...

filosofico.

gostei

:) @

Anónimo disse...

parexe k tas a desabafar e faxes rimas mto grandes xega a uma altura k ja nem rima! ;) continua vaix no bom caminhu