Medo de Morrer
Vasco Carvalho
Quem tem medo de morrer
É cuidadoso na sua maneira de ser,
Cuidadoso nas suas acções
Tentado não ferir corações,
Pelo menos o seu.
Chega ao ponto de parecer idoso e doente,
Incapaz de se mexer, e prende-se
Nessa sua maneira de ser.
Tenta ao máximo não sofrer
Tendo cuidado com quem anda,
Com tudo o que se possa mexer.
Fica com a “mania da perseguição”
Porque quem manda
É a sua cabeça e não coração.
Esquece-se ou desconhece-se
Que o tão rejeitado sofrimento
É um suplemento da aprendizagem,
Porque também aprendemos a viver
Em qualquer passagem que implique sofrer.
Viver sem sofrer não é viver,
Mas também não é morrer.
É simplesmente não-viver
E sem viver não há morrer.
Quem tem medo de morrer não morre
Mas também não vive,
Pois é a sofrer que se nasce
E a viver que se morre.
Vasco Carvalho
Quem tem medo de morrer
É cuidadoso na sua maneira de ser,
Cuidadoso nas suas acções
Tentado não ferir corações,
Pelo menos o seu.
Chega ao ponto de parecer idoso e doente,
Incapaz de se mexer, e prende-se
Nessa sua maneira de ser.
Tenta ao máximo não sofrer
Tendo cuidado com quem anda,
Com tudo o que se possa mexer.
Fica com a “mania da perseguição”
Porque quem manda
É a sua cabeça e não coração.
Esquece-se ou desconhece-se
Que o tão rejeitado sofrimento
É um suplemento da aprendizagem,
Porque também aprendemos a viver
Em qualquer passagem que implique sofrer.
Viver sem sofrer não é viver,
Mas também não é morrer.
É simplesmente não-viver
E sem viver não há morrer.
Quem tem medo de morrer não morre
Mas também não vive,
Pois é a sofrer que se nasce
E a viver que se morre.
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