quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Sorte Suicida / Azar Efémero


Azar Efémero
Vasco Carvalho
Azar efémero
Não sei se é real.
O contrário da sorte
Vem sempre por mal.

Mal de quem?
Não se sabe bem,
Nem nunca se soube nem saberá.
O que há é uma dor que nos corrói,
Que nos dói e que nos faz sofrer.

Azar? Qual azar?
Sorte? Qual sorte?
Situações que vêm por calhar,
Que não nos dão norte, nem sul,
Nem o raio de o parta!
Que só vêm atrapalhar quem ri
Do azar dos outros e da sorte de si!

Sorte de quem nasceu,
Azar de quem tenha nascido.
Sorte de quem Morreu,
Azar de quem tenha morrido.
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